Os estudiosos levaram em consideração a falta da substância chamada melatonina, um tipo de hormônio protetor do corpo

Dormir pouco ou mal pode causar muito mais do que uma simples olheira ou cansaços físicos e mentais. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de São José do Rio Preto, as noites em claro podem colocar a saúde da mulher em risco, tendo em vista que aumenta o risco de câncer de mama.

A informação é preocupante, pois segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), só em 2016 há uma estimativa de mais 57.960 novos casos deste problema.

Para chegar nesta conclusão, os estudiosos levaram em consideração a falta de uma substância chamada de melatonina, um tipo de hormônio que vem sendo colocado como um protetor do corpo contra este câncer.

A melatonina é produzida quando o corpo está de repouso durante o sono, por isso que quando a paciente dorme pouco ela acaba tendo, consequentemente, menos deste elemento no corpo e deixando o organismo vulnerável à doença.

O estudo
A doutoranda Juliana Ramos Lopes e outros estudiosos foram os responsáveis por esta pesquisa. Mas, para ter em mãos a conclusão de seus esforços, os pesquisadores tiveram que utilizar “células tronco-tumorais”.


Este elemento é responsável pela volta do câncer e são mais resistentes aos tratamentos comuns. Além disso, estas células foram submetidas a substâncias que aumentam o tumor, chamadas de bisfenol A e o hormônio estrógeno.

Neste estágio os pesquisadores colocaram em ação a melatonina, que desempenhou um papel surpreendente. Em nota, Ramos afirmou que o hormônio agiu na redução das células mesmo com o incentivo das outras duas substâncias.

Em outras palavras, ela foi responsável por diminuir a proliferação das células tumorais. Agora, a proposta é induzir este elemento no tratamento das mulheres que estão enfrentando o câncer de mama.

Outras experiências
Apesar da descoberta dos pesquisadores da Unesp, não é de hoje que a melatonina é vista com outros olhos pela oncologia. Isto porque, em 2012 foi observada que as 412 mulheres que apresentavam câncer de mama também tinham sérios problemas para dormir, passando muitas vezes por menos de seis horas dormindo.

Considerações
Diante destas evidências, nada mais apropriado do que regular o sono e dá mais qualidade de vida a si mesmo. Por isso, é importante manter o corpo ativo, pois no final do dia ele vai pedir cama e não fazer refeições pesadas durante a noite, para que o metabolismo do corpo não fique pesado e atrapalhe o sono.